Em Banda Ku, satélites da Embratel habilitam o próximo nível das parabólicas

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O novo satélite Star One D2, juntamente com o Star One C4, será responsável pela transmissão da Banda Ku para conectar nova TV parabólica em quase 19 milhões de lares brasileiros

As antenas parabólicas de TV, hoje analógicas, irão funcionar de forma digital em outra frequência e a expectativa é que isso melhore a qualidade da transmissão aos telespectadores. A troca ocorre porque a faixa de frequência de 3,5 Ghz, usada atualmente para receber a TV parabólica na Banda C (3,6 a 4,2 GHz), será utilizada pelo 5G, que deve começar a ser implantado nas capitais brasileiras em setembro.

Para o setor de telecomunicações e radiodifusão, a mudança representa uma oportunidade de prestar mais serviços, já que, segundo o IBGE, o país tem 18,9 milhões de domicílios com antenas parabólicas e todos eles precisarão, em algum momento, migrar para o modo digital e para a nova faixa de frequência.

A Embratel, responsável pelos satélites que farão a transmissão na Banda Ku, que é a nova faixa de frequência escolhida, já avançou nesse sentido. “Finalizamos a etapa de testes com mais de 20 canais digitais sendo transmitidos pela banda Ku no último mês de maio. Já estamos prontos para receber mais canais. A medida que os geradores de conteúdo vieram para nossos satélites, estarão acessíveis pelas parabólicas, que por sua vez, terão que adaptar ou trocar suas antenas e trocar o receptor para o modo digital”, diz José Antonio Gonzalez, gerente de produtos e projetos especiais da Rede de Satélites da Embratel.

A companhia foi escolhida para atender às parabólicas em Banda Ku por, pelo menos, por dois motivos: o primeiro é posição orbital que possui, onde estão localizados o novo satélite Star One D2, lançado em junho de 2021 e o Star One C4, que já transmite os canais de TV por assinatura da Claro. O segundo motivo é a boa infraestrutura de subida de sinais, disponível em Guaratiba, Rio de Janeiro. 

O Star One C4 e D2 ficam localizados na posição orbital de 70ºW, que, para o setor de mídia, é como um hotspot, uma vez que a maioria das emissoras de TV encontra-se nessa mesma posição na Banda C.

Entre os quase 19 milhões de domicílios atendidos por antena parabólica no Brasil, cerca de 8 milhões se enquadram no CadÚnico, o que lhes dará direito a receber gratuitamente os kits da Entidade Administradora da Faixa (EAF), com antena e receptor compatível com o novo sinal digital das parabólicas. Os demais usuários, segundo a Anatel, poderão comprar o kit em lojas especializadas e no grande varejo.

A uma reportagem do portal Terra, Yvan Cabral, da empresa Vivensis, explicou que as operadoras de telefonia que compõe o EAF serão responsáveis pela compra dos equipamentos, contratação de serviços de instalação e apontamento das antenas parabólicas TVRO para o novo satélite. “Existe uma parcela dessa população que é classificada como vulnerável, com limitação de renda, e por isso vai fazer parte da política do governo, já que não pode perder o direito de assistir TV”, disse ele.

Multifuncionalidades, além da Banda Ku

Segundo Lincoln Oliveira, diretor geral da Embratel Star One, o novo satélite Star One D2, além de prover a Banda Ku para as novas transmissões de TV parabólica, está provendo acesso à internet em Banda Ka para empresas e governos, o que inclui participar do processo de integração digital de comunidades do Brasil e de outros países da América Latina.

Um dos casos é o provimento de banda larga, via a Claro Colômbia, para mais de 300 escolas do país vizinho. ”O Star One D2, juntamente com o Star One C4, oferece a melhor solução para os radiodifusores e demais entidades interessadas na distribuição de canais de vídeo via satélite, seja governo, igrejas, ou empresas em geral”, diz. “Outro mercado que será potencializado pelo Star One D2, quanto à Banda Ka, é o de internet, já que ele também permite a ampliação do acesso à banda larga”, conclui Oliveira, salientando que o Star One D2 ajudará tecnologias como a computação em nuvem, o 4G e o 5G a chegarem a mais locais, habilitando um próximo nível em inovação e oportunidades para o mercado.

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